75. História do
Livro do Apocalipse
75.1- Chegamos agora ao Livro da Revelação, ou
Apocalipse o último livro da Bíblia. É a única obra profética do Novo
Testamento. Sua mensagem é de difícil compreensão e aparentemente cheia de
paradoxos, quando tomada ao pé da letra. Essa linguagem diferente,
característica das profecias, tem despertado em muitos o esforço de
interpretá-la, desvendando o seu significado oculto. Mas, como se lê no
próprio livro, bem como nas profecias de Daniel, as revelações ali feitas
foram seladas até o tempo em que o Cordeiro abrisse os seus sete selos, coisa
que nenhum ser humano é capaz de fazer. Por causa dessas dificuldades, houve
alguns que duvidaram da autenticidade ou inspiração do livro, mas a maioria
o aceitou sem reservas desde o início, por saberem que o autor, João
Evangelista, era o mesmo autor do quarto Evangelho e de três Cartas. Mais
tarde surgiram várias imitações deste livro, ou os falsos Apocalipses, que
foram atribuídos a Pedro, Paulo, Tomé, Estêvão, um certo Elias e Cerinto.
75.1.1- Têm havido várias opiniões quanto à data
em que a obra foi escrita, mas a maioria dos expertos a fixam entre os anos 95
e 97. Entretanto, em sua obra "Demonstrações Evangélicas", o
historiador Eusébio, do século IV, associa a estada de João em Patmos com a
data da morte de Paulo e Pedro, dessa forma atribuindo uma data mais antiga ao
Apocalipse, isto é, por volta de 68.
75.2- Tendo em vista que alguns críticos da
atualidade têm manifestado várias opiniões, na maioria infundadas, sobre a
autoria deste livro, achamos ser útil recorrer ao testemunho dos antigos
cristãos e patriarcas, que viveram nos primeiros séculos e os primeiros que
tiveram conhecimento do livro do Apocalipse.
75.2.1- Hermas foi quase contemporâneo de João. No
ano 140 ele escreveu a obra apostólica que leva seu nome: "Pastores de
Hermas", composta de cinco visões, doze mandamentos e dez comparações,
destinada a exortar os cristãos a respeito da proximidade do juízo final. É
provável que Hermas tenha lido o Apocalipse, escrito 45 anos antes, pois o
imitou ou assemelhou em várias passagens.
75.2.2- O Apocalipse também foi conhecido e aceito
por Papias, bispo de Hierápolis, na Frígia e que tinha sido discípulo do
próprio João. No ano 150 este eclesiástico escreveu cinco livros
intitulados "Explicações das Sentenças do Senhor".
75.2.3- No ano 140, Justino, o Mártir (100-165),
cristão da Samaria e autor da obra "De Ressurrectione", tendo tido
conhecimento do Apocalipse, o atribuiu a João, o apóstolo e evangelista. Em
seu diálogo com Trifo, Justino disse expressamente: "Um homem dentre
nós, por nome João, um dos apóstolos de Cristo, numa revelação feita a
ele, profetizou que os crentes em nosso Cristo viverão mil anos em
Jerusalém, e, depois disso, haverá ressurreição geral e eterno julgamento
de todos..."
75.2.4- Aparentemente, é a esta passagem de Justino
que Eusébio se refere. Eusébio foi historiador e teólogo grego, nascido
entre 260 e 264 e morto em 340. Foi bispo em Cesaréia, na Palestina, e
escreveu várias obras das quais a principal é a "História
Eclesiástica", em 10 volumes, que abrange desde o nascimento de Jesus
Cristo até o ano 323, obra essa que existe até os nossos dias em sua forma
primitiva, sendo alguns fragmentos do original em grego e várias versões em
latim. Eusébio refere-se a Melito, bispo de Sardes, que, por volta de 177,
cita muitas vezes a "Revelação de João" e a comenta.
75.2.5- Irineu, bispo de Leon, era discípulo de
Policarpo que, por sua vez, havia recebido o livro do próprio João. É
Irineu, no ano 178, que dá a data a mais exata para o livro; ao fazer várias
referências à Revelação de João, o apóstolo, diz que tal revelação
ocorreu "não muito tempo atrás, mas quase em nossa época, no final do
reinado de Domiciano". Domiciano (Tito Flavio Sabino), o último dos doze
Césares da família de Augusto, foi imperador romano e reinou até 96, quando
foi assassinado. Ficou célebre pela perseguição que moveu aos cristãos.
Segundo se aceita, foi por essa perseguição de Domiciano que João foi
exilado na ilha de Patmos, onde teve as visões do Apocalipse. Com a morte do
perseguidor em 96, João teria voltado para Éfeso, onde publicou a sua
Revelação. Assim, segundo Irineu, as visões de João teriam sido dadas no
ano 95.
75.2.6- Teófilo foi um bispo na Antioquia por volta
do ano 181. Eusébio cita uma obra de Teófilo contra a heresia de Hermógenes
e diz: "Ele fez uso de testemunhos, ou citou passagens, do Apocalipse de
João".
75.2.7- Em 194 o livro é citado por Clemente da
Alexandria, que o atribui a João. Clemente, um dos primeiros patriarcas
cristãos, foi escritor eclesiástico nascido em Atenas (por volta de 150?)
mas que viveu na Alexandria. Escreveu várias obras sobre a vida cristã e
morreu entre 211 e 215. Clemente fixa a data do Apocalipse entre os anos 68 e
70, antes da destruição de Jerusalém. Assim também afirmavam Areta e
Epifânio, que disseram que João foi banido para Patmos por ordem de Nero. Em
conformidade com a opinião deles, no título da primeira tradução do livro,
feita para as igrejas da Síria (a chamada tradução "Siríaca"),
assim se lê: "A Revelação que foi feita por Deus a João Evangelista,
na Ilha de Patmos, para onde fora banido por Nero, o César".
75.2.8- Tertuliano, escritor cristão (160-240?), em
torno do ano 200 também cita freqüentemente o Apocalipse e o atribui a
João, a mesma pessoa que escreveu a Primeira Epístola de João, recebida
universalmente. Tertuliano escreveu: "Temos igrejas que são discípulas
de João. Porque, embora Marcion rejeite a Revelação, a sucessão dos
bispos, traçada até o original, nos assegura que João é o autor".
75.2.9- Eusébio fala das referências que teólogos
contemporâneos seus fazem do Apocalipse, sempre o atribuindo a João:
Hipólito, em 220 e Orígenes, em 230; Nepus, bispo egípcio e muitos no Egito;
Cíprio, bispo de Cártago, por volta de 248 e vários autores latinos.
75.2.10- No ano 247, Dionísio, bispo da Alexandria,
baseado somente em sua opinião quanto a uma suposta diferença de estilos do
Apocalipse e do Evangelho, levantou dúvida quanto à autoria da Revelação,
dizendo que não se tratava do João apóstolo mas sim de um outro João, que
teria vivido em Éfeso. Vários outros críticos e historiadores adotaram
também esta opinião; para esses, a dúvida de Dionísio tem mais peso do que
a afirmação categórica dos antigos patriarcas, alguns até contemporâneos
de João. De fato, o "estilo" do Apocalipse difere do estilo do
Evangelho, mas isto se deve, obviamente, à linguagem profética, que sempre
foi cifrada e aparentemente descontínua.
75.2.11- Nos dias de Eusébio, começo dos anos 300,
o Apocalipse era reconhecido de um modo geral pelos cristãos, mas havia quem
negasse sua inspiração Divina. Por exemplo, na lista das obras canônicas da
Igreja de Laodicéia não constava o Apocalipse. Aliás, os cristãos de
Laodicéia, bem como alguns cristãos gregos e outros da Síria, foram os mais
céticos em relação às revelações de João. Quanto aos de Laodicéia, a
razão é compreensível quando se lê no livro a carta que João, por ordem
do Senhor, enviou às sete igrejas da Ásia: a de Laodicéia era justamente a
mais dura, retratando de forma terrível o estado espiritual daqueles
cristãos, razão porque, naturalmente, eles preferiram desconsiderar a
autoridade de todo o livro, pois, aceitando-a, teriam de aceitar também a
verdade a respeito de seu estado espiritual.
75.2.12- O Apocalipse veio a ser oficialmente aceito
pela Igreja Cristã nos fins do século IV, quando foi definitivamente
incluído no cânon do Novo Testamento, graças às posições de grandes
teólogos como Jerônimo e Agostinho, que defenderam sua inspiração Divina e
o atribuíram, de fato, ao apóstolo e evangelista João.
75.2.13- Por estas e várias outras referências
históricas, vê-se que o Apocalipse foi aceito e estudado desde os primeiros
tempos. Os que duvidavam do livro, faziam-no apenas por preconceito, sem
discutirem os testemunhos dos antigos patriarcas, teólogos e historiadores
cristãos. Isto basta para nos provar a autoria, a antiguidade e, portanto, a
autenticidade do Livro da Revelação.
75.2.14- Mas não precisamos depender apenas desses
testemunhos, pois há evidências internas no próprio livro que também
apontam para essas mesmas conclusões. O exame detalhado dessas outras
evidências já demandaria muito mais tempo do que aqui dispomos. No entanto,
mencionaremos somente algumas como exemplo, tais como a semelhança do emprego
de termos no Evangelho de João e no Apocalipse:
i) o vocábulo grego "Logos" ou Palavra,
aplicado à pessoa de Jesus Cristo, aparece somente no Evangelho de João
(1:1), na Primeira Carta de João (1:1) e no Apocalipse (19:13), também de
João;
ii) a idéia de se designar o Senhor como o Cordeiro
ocorre vinte e cinco vezes no Apocalipse e também em João (1:29-36); não
ocorre em nenhum outro Evangelho, e apenas uma vez na Primeira Carta de Pedro;
iii) o uso do termo "vencer", no sentido de
destruir o mal do mundo, repetidas vezes se nota no Apocalipse e na Primeira
carta de João;
iv) o termo "verdadeiro", usado três vezes
no Evangelho de João e suas epístolas e dez vezes no Apocalipse;
v) a expressão "os que o traspassaram" se
acha somente em João 19:37 e no Apocalipse 1:7, em relação com a passagem
de Zacarias 12:10, cuja tradução difere das demais.
75.3- A razão de termos trazido aqui tantas
referências ao testemunho de antigos cristãos sobre o Apocalipse, e de
termo-nos baseado nas palavras de excelentes críticos e comentaristas (aqui,
especialmente Adam Klarke, Dr.Lardner e Sir Isaac Newton) é justificável
quando se vê que, em nossos dias, principalmente no Brasil, alguns críticos
tem proferido verdadeiros disparates a respeito não só do Apocalipse, mas de
todas as Escrituras Sagradas, lançando sobre elas injusto descrédito. Como,
de um modo geral, não há em nosso país preocupação em se estudar
seriamente esses assuntos, nem existem edições das obras dos historiadores
antigos ou preocupação em conhecê-las, nessas condições, os que são
tidos como especialistas no assunto têm, na realidade, relativa ignorância
quando comparados com os estudiosos competentes de outros países e de outras
épocas. Dessa forma, talvez não seja tanto por má fé nem com o propósito
de desmerecer os livros sagrados, mas por ignorância mesmo, que um crítico
diga, por exemplo: "É impossível atribuir o Apocalipse a João",
como faz o autor do verbete "Bíblia" em enciclopédia editada em
nosso país.
75.4- Não tendo, evidentemente, a pretensão de
solucionar as dúvidas, nosso estudo, como foi dito no início, tem por
objetivo apenas auxiliar aos interessados a ampliarem sua visão da Palavra de
Deus, chamando a atenção para alguns aspectos importantes que, a nosso ver,
contribuirão para afirmar nossa confiança na autenticidade da Mensagem
Divina.
75.5- A respeito do assunto do Apocalipse, seus
significados, sua época de cumprimento, tem havido tantas explicações, e
tantos são os que procuraram interpretá-lo, que as diferentes teorias foram
dividas em quatro tipos, segundo A.R.Buckland:
a) A interpretação preterista, que entende que as
profecias do Apocalipse se cumpriram na primeira idade da Igreja Cristã, no
tempo da perseguição judaica.
b) A interpretação histórica, que considera estas
profecias como um delineamento dos grandes acontecimentos da história das
nações e reinos do mundo. É como fez, por exemplo, Sir Isaac Newton em seu
livro "As profecias de Daniel e o Apocalipse".
c) A interpretação futurista, que sustenta que a
maior parte destas profecias, ou todas elas, se referem a acontecimentos que
sucederão no futuro, na segunda vinda de Cristo.
d) A interpretação espiritual ou ideal, que
considera o Apocalipse uma manifestação alegórica de grandes princípios em
constantes conflitos.
75.6- O livro do Apocalipse está
dividido em 22 capítulos e 390 versículos. A Parte V deste curso tratará do significado
interno ou espiritual existente em toda a Palavra.
75.7- Assuntos do Livro do Apocalipse
1- Prefácio do livro. João se dirige às sete
Igrejas da Ásia e lhes fala da breve vinda de Cristo. Relata a manifestação
de Jesus Cristo a ele e O descreve. Recebe ordem para escrever o que tinha
visto e a explicação da visão de sete estrelas e sete castiçais de ouro.
Cap.1.
2- Carta à Igreja de Éfeso, falando de seu labor e
sua paciência; repreende-os por terem deixado seu primeiro amor; exorta-os ao
arrependimento e faz a promessa da árvore da vida. Carta à Igreja de Esmirna,
falando de sua piedade e prometendo-lhes sustento na tribulação. Carta à
Igreja de Pérgamo, falando de sua firmeza na doutrina e repreendendo-os por
tolerarem falsidades; exorta-os ao arrependimento e lhes faz a promessa da
pedra branca com um novo nome. Carta à Igreja de Tiatira, falando de sua
caridade, fé e paciência; repreende-os por tolerarem Jezabel e faz outras
exortações. Cap.2.
3- Carta à Igreja de Sardes, falando de seu estado
espiritual e de suas obras imperfeitas; aconselha-os a se lembrarem do que
receberam e a se arrependerem. Carta à Igreja de Filadélfia, falando de suas
obras e da porta que lhes foi aberta; promete-lhes a dominação sobre os que
são da sinagoga de Satanás; faz a promessa de fazer do vencedor um pilar no
templo de Deus. Carta à Igreja de Laodicéia, falando de seu estado dúbio e
morno, pelo que seriam vomitados; achavam-se ricos, mas eram pobres, cegos e
nus; aconselha-os a adquirirem bens e a se vestirem espiritualmente; faz a
promessa de fazer o vencedor assentar-se no trono. Cap.3.
4- João tem a visão do trono de Deus no céu
rodeado por vinte e quatro anciãos; vê quatro criaturas, cheias de olhos,
que dão glórias ao Todo-poderoso. Cap.4.
5- A visão de um livro selado com sete selos,
escrito por dentro e por fora, que ninguém podia abrir a não ser o Leão da
tribo de Judá. João vê o Cordeiro, que vem e toma o livro, recebendo
louvores das quatro criaturas e dos vinte e quatro anciãos, e em seguida de
uma multidão incontável de redimidos e de toda a criação. Cap.5.
6- O que se seguiu à abertura dos sete selos: do
primeiro selo, viu-se um cavalo branco; do segundo, um cavalo vermelho; do
terceiro, um cavalo preto; do quarto, um cavalo amarelo; do quinto, almas
debaixo do altar aguardando a vingança de seu sangue; do sexto, terremoto,
escuridão do sol e da lua e queda das estrelas; a terrível consternação
dos reis e grandes da terra. Cap.6.
7- A visão de quatro anjos que seguravam os quatro
ventos. O anjo que tinha a marca do Deus vivo para marcar os servos de Deus
das doze tribos, cujo número era de 144.000; além desses, havia uma
multidão inumerável de todas as nações, que glorificava a Deus e ao
Cordeiro; um dos anciãos explica quem são aqueles. Cap.7.
8- A abertura do sétimo selo; os sete anjos com sete
trombetas. O primeiro toca, e há saraiva de fogo e sangue; o segundo, e uma
montanha incandescente é lançada no mar; o terceiro, e uma grande estrela
cai do céu; o quarto, e são feridos o sol, a lua e as estrelas; três ais
são proferidos a respeito dos habitantes da terra por causa dos três anjos
que ainda soarão suas trombetas. Cap.8.
9- O quinto anjo toca a trombeta e uma estrela cai do
céu; abre-se um abismo donde saem gafanhotos; o sexto anjo toca e são soltos
quatro anjos que estavam junto ao rio Eufrates; o exército de cavaleiros e
sua descrição; apesar dos flagelos, os homens não se arrependem de seu mal.
Cap.9.
10- A descrição de um anjo poderoso com um livrinho
na mão. Soam sete trovões; o anjo jura que não haverá mais tempo; João
recebe a ordem de tomar o livro e comê-lo, o que ele faz; recebe a ordem de
profetizar novamente a muitos povos. Cap.10.
11- João recebe ordem de medir o santuário. A
visão de duas testemunhas que profetizam 1260 dias; foram mortas pela besta
que saiu do abismo, mas foram ressuscitadas depois de três dias e meio, e
tomadas ao céu. Em seguida houve grande terremoto. O terceiro ai. O sétimo
anjo soa a trombeta e os vinte e quatro anciãos glorificam a Deus. Cap.11.
12- A visão de uma mulher vestida de sol, grávida,
e de um grande dragão que aguardava para lhe devorar o filho. Ela dá à luz
um filho, que é tomado ao céu, e foge do dragão. Miguel e seus anjos
combatem o dragão, que é vencido e derrubado do céu. O dragão persegue a
mulher, mas esta recebe asas de águia e foge para o deserto, onde permanece
determinado tempo. Cap.12.
13- A visão da besta que saía do mar, com sete
cabeças e as blasfêmias que proferia; outra besta que saía da terra com
dois chifres, enganando o mundo com falsos milagres e marcando seus seguidores
com uma marca na mão direita. Cap.13.
14- O Cordeiro no monte Sião com Seus fiéis. Um
anjo voa pela céu com o Evangelho eterno; outro anjo proclama a queda da
Babilônia; outro anuncia o juízo de Deus contra os que adoram a besta e sua
imagem; a paciência dos santos e dos que adoram ao Senhor; a visão da ceifa
e da vindima. Cap.14.
15- A visão de sete anjos com as sete últimas
pragas; um mar de vidro e aqueles que tinham vencido a besta; o cântico de
Moisés e do Cordeiro; o templo de Deus se abre, donde saem sete anjos, que
recebem das quatro criaturas sete taças cheias da ira de Deus. Cap.15.
16- Os anjos derramam suas taças sobre a terra; o
primeiro derrama sobre a terra e faz-se uma grande ferida; o segundo, sobre o
mar, que se torna em sangue; o terceiro, sobre os rios e fontes, que também
se tornam em sangue; o quarto, sobre o sol, e os homens são abrasados; o
quinto, sobre o trono da besta; o sexto, sobre o rio Eufrates; três
espíritos imundos saem da boca da besta, do dragão e do falso profeta; o
sétimo anjo derrama sua taça no ar e seguem-se trovões, relâmpagos,
terremoto e saraiva. Cap.16.
17- O juízo da grande prostituta que se assenta
sobre muitas águas; é descrita sua natureza e conduta; o anjo explica os
mistérios da mulher, da besta, etc. Cap.17.
18- Um anjo proclama a queda da Babilônia e sua
causa; os seguidores de Deus são exortados a saírem, para escapar do
castigo; os reis da terra e os mercadores lamentam a sorte da cidade;
descreve-se o seu comércio; os céus regozijam com a queda da Babilônia e
prevê-se sua desolação final. Cap.18.
19- O céu glorifica a Deus pelo juízo sobre a
grande prostituta. A boda do Cordeiro e Sua noiva. Abre-se o céu e o Senhor
aparece como a Palavra de Deus, sobre um cavalo branco. Um anjo convida a
todos para a ceia do casamento do Cordeiro. A besta, o falso profeta e os reis
da terra se juntam para fazer guerra contra Aquele que está no cavalo branco,
mas são destruídos. Cap.19.
20- Um anjo prende Satanás por 1.000 anos. Visão
dos que foram martirizados por causa do testemunho de Jesus. Passados os 1.000
anos, o diabo é solto para enganar as nações; ele, Gog e Magog sitiam a
cidade santa, mas são consumidos por fogo que cai do céu e são lançados no
lago de fogo. A visão do grande trono branco e o julgamento de todos,
conforme as suas obras. O mar, a morte e o inferno são destruídos; todos os
que não se acham inscritos no livro da vida são lançados no lago de fogo.
Cap.20.
21- O novo céu e a nova consumidos por fogo que cai do céu e são lançados no
lago de fogo. A visão do grande trono branco e o julgamento de todos,
conforme as suas obras. O mar, a morte e o inferno são destruídos; todos os
que não se acham inscritos no livro da vida são lançados no lago de fogo.
Cap.20.
21- O novo céu e a nova terra. A nova Jerusalém,
onde Deus habita com os homens. Um anjo mostra a João a cidade santa e ele
descreve sua luz, seus muros, suas fundações. Deus e o Cordeiro são o
templo e a luz dali. As nações e os reis da terra a honrarão; suas portas
nunca se fecham, nem há mal algum nela. Cap.21.
22- A visão do rio da água da vida e da árvore da
vida. Não há noite nem dor na cidade de Deus. Um anjo assegura a João
quanto à verdade do que ele viu e diz que o cumprimento daquelas coisas
estava próximo. O Senhor é o Alpha e o Ômega; a bênção dos que guardam
os Seus mandamentos; o convite feito pelo Espírito e a noiva. Maldição
contra os que tirarem ou acrescentarem alguma coisa às profecias deste livro.
O Senhor vem em breve. A bênção final. Cap.22.
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