74. História da
Carta de Judas
74.1- A autoria desta epístola tem sido atribuída a
duas pessoas com o nome de Judas, excluindo-se, evidentemente, um terceiro
Judas: o Iscariotes. Há muitas opiniões diferentes sobre quem teria sido
esse Judas, que se chama irmão de Tiago na epístola, porque também não se
sabe a que Tiago ele se referia.
74.2- Não parece que a carta tenha sido dirigida a
alguma igreja local. Conta a tradição antiga que Judas (o "irmão do
Senhor", que parece mais indicado como o autor desta carta) trabalhou
entre os povos do oriente da Judéia, e daí alguns concluíram que esta carta
fora enviada aos cristãos daquelas regiões.
74.3- Quanto à data, pode ser inferida da espécie
de heresia e das práticas nocivas que são combatidas na carta, e do modo
como o autor fala dos apóstolos, no passado. Parece, então, ter sido escrita
no último período apostólico, poucos anos antes da destruição de
Jerusalém, isto é, entre 66 e 67.
74.4- Um ponto que merece destaque nesta carta é a
sua semelhança com a Segunda Carta de Pedro. Há uma notável semelhança
entre as duas, tanto no pensamento quanto na linguagem. O estilo da carta de
Judas nos leva a crer que ela foi o original da qual Pedro teria tirado
algumas passagens para acrescentar outras particularidades. A finalidade da
carta de Judas parece ter sido prevenir os cristãos contra os falsos mestrese Judas parece ter sido prevenir os cristãos contra os falsos mestres
que procuravam desfazer a crença por meio de especulações, a fim de
insinuarem insubordinação e licenciosidade.
74.5- A carta de Judas tem somente um capítulo com
25 versículos.
74.6- Assuntos da Carta
de Judas
74.6.1- Saudações e bênção apostólica. As
razões pelas quais o autor escreve esta carta: animar os cristãos a
combaterem pela verdadeira fé e a se acautelarem contra falsos ensinos, a fim
de não serem destruídos, a exemplo do que ocorreu aos israelitas e aos anjos
rebeldes. Descreve os falsos mestres e os compara a diversas pessoas; sua
natureza perversa. Não se deve esquecer as advertências feitas pelos
apóstolos a respeito desses profetas do erro; os cristãos devem edificar-se
na fé. Como a Igreja devia tratar os tais falsos profetas. Saudações
finais.
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