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Estudo Bíblico "A Escritura Santa" - Parte
1.9
- Fontes de tradução |
Parte 1 - A História da Bíblia Capítulo 9 - As Fontes das Traduções Atuais 9.1- Os manuscritos em hebraico - Além do texto organizado pelos massoretas, ainda podemos contar com os manuscritos de antigas cópias e versões, muitas delas anteriores à época massorética. Esses manuscritos são produções dos mais diversos períodos, mas especialmente do século V em diante. Os manuscritos mais famosos hoje são, talvez, os chamados "rolos do Mar Morto", porque são os mais antigos de que se tem notícia. Foram encontrados na região de Qumran, numa caverna dos penhascos da margem ocidental do Mar Morto, no ano de 1947. Acredita-se que naquelas cavernas viviam os essênios, seguidores de uma seita judaica muito antiga. Os rolos estavam guardados em potes de cerâmica, numa espécie de sala secreta de uma das cavernas. Eram vários rolos de peles de animais e um rolo de cobre, em que se gravaram vários livros do Velho Testamento, comentários e parágrafos desses livros e textos litúrgicos, que faziam parte da biblioteca essênica. O material foi examinado por várias instituições científicas israelenses e européias, tanto cristãs quanto judaicas, as quais fixaram a data desses escritos em, pelo menos, 200 anos antes de Cristo, constituindo-se nos manuscritos mais antigos já encontrados até hoje. Nos anos seguintes, até o ano de 1956, pesquisas arqueológicas encontraram no mesmo local centenas de outros rolos sobre diversos assuntos. Do Velho Testamento, os rolos principais encontrados foram: duas cópias do livro de Isaías, os Salmos, o livro des cópias do livro de Isaías, os Salmos, o livro de Job, o de Ezequiel, uma paráfrase de Gênesis e outra de Habacuque, e outros, todos da mesma época. Mas o que mais nos chama a atenção nessa descoberta é que os textos ali copiados revelam uma notável semelhança com os textos hebraicos atuais, provando-nos, assim, que os textos sagrados da Palavra são hoje os mesmos que existiram no século II antes de Cristo, ou seja, após mais de 2.100 anos. Daí temos mais uma prova da Providência Divina na preservação de Sua Palavra. Um dos cientistas que trabalharam no exame dos manuscritos do Mar Morto foi John Allegro. Ele depois escreveu um livro ("The Dead Sea Scrolls") em que põe lado a lado os textos daqueles rolos, dos livros de Samuel e Deuteronômio, e os textos dos mesmos livros da Septuaginta, onde o leitor pode constatar a preservação dos textos em sua forma antiga, quanto a cada palavra. Existem, evidentemente, leves diferenças entre as cópias, mas que não chegam a causar nenhuma alteração no sentido. Outros manuscritos, às centenas, têm sido conhecidos e consultados há séculos, servindo de base e referência para as atuais traduções. Classificando-os conforme a língua em que foram escritos, citaremos somente os que se seguem abaixo. 9.2 - Escritos em hebraico ou aramaico - Os mais conhecidos são: o "Códice Palestino" ("códice" quer dizer manuscrito de importância histórica). Contém os cinco livros de Moisés. Datado do século 9 ou 11 da Era Cristã. Encontra-se no Museu Britânico. O "Códice Mugar", o "Códice Hillel" e o "Códice Ben Asher". Hoje estão perdidos, mas que foram consultados e mencionados por historiadores e comentadores. O "Códice Babilônico". Datado de 916. O "Códice Samaritano", considerado antiqüíssimo, mas de data não determinada. É geralmente aceito que, nessa variedade dos manuscritos preservados, uns mais, outros menos fiéis, está conservado, sem qualquer mudança significativa, o mesmo texto que os judeus tinham por volta do ano 90, quando, em Jamnea, fixaram o seu cânon das Escrituras. Essa crença pôde ser confirmada pelos achados do Mar Morto, como se falou acima Escritos em grego: o Códice Vaticano (de 1209), considerado incomparável quanto à pureza do texto; o "Códice Sinaitico" ou "Álefe", que contém a metade do Velho Testamento; foi descoberto em 1859; o "Códice Alexandrino", do século IV. Contém a versão Septuaginta do Velho Testamento e uma versão do Novo. Acha-se também no Museu Britânico; o "Códice de Efraím". Datado do século VI. É parte dos dois Testamentos. Encontra-se na Biblioteca de Paris. Escritos em latim: As versões "Samaritana" e "Septuaginta" são anteriores à Era Cristã, como se sabe. Mas quando o cristianismo se espalhou pelo Império Romano e pelo Oriente, apareceram muitas versões também em latim. Dessas, as principais são: a "Velha Latinailde;o: a "Velha Latina". Foi uma tradução da Septuaginta, feita no século II. Mas as cópias hoje existentes são de depois do século IV; a "Vulgata", do fim do séc.IV e início do séc.V. Foi revisada ou compilada por Jerônimo (S.Jerônimo). Os manuscritos existentes dessa versão datam de 600 a 900. Assim, graças à conservação destes e de centenas de outros manuscritos; graças ao cuidadoso trabalho de pessoas capazes e responsáveis do mundo judaico e cristão; e graças às recentes descobertas arqueológicas e às pesquisas científicas, podemos afirmar, não por fanatismo nem crença cega, que a Palavra de Deus está sob uma proteção especialíssima. Através dos séculos, a Revelação escrita tem resistido incólume às mais diversas vicissitudes e às influências de diferentes culturas e civilizações. É por isso que eruditos de renome já afirmaram que o cristão de hoje pode dizer, sem receio ou hesitação, que tem em suas mãos a verdadeira Palavra de Deus, preservada em sua plena integridade. **************************
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