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Estudo Bíblico "A Escritura Santa" - Parte 3.19 - Os Livros Deuterocanônicos
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Parte 3 - Livros Proféticos do Antigo Testamento

Capítulo 50- Os Livros Deuterocanônicos do Antigo Testamento

50. Livros Deuterocanônicos, também chamados "Apócrifos" 

50.1- Na sua tradução do Antigo Testamento para o latim, tradução essa que foi chamada "Vulgata", o teólogo Jerônimo (São Jerônimo, nascido em 347 e morto em 419) incluiu, numa seção especial, os livros que não faziam parte do cânon hebraico usado na Palestina. Ele chamou esses livros de "deuterocanônicos", ou seja, "da segunda coleção". Esses livros eram, no entanto, admitidos pelos judeus da Alexandria e lá faziam parte do cânon oficial. Também foram chamados "apócrifos", isto é, "escondidos", "privados", porque, sendo de autoria questionável, não eram lidos em público com regularidade nas sinagogas, mas ali conservados para leitura privada e instrutiva.

50.2- As antigas traduções inglesas da Bíblia traziam os apócrifos no fim do Antigo Testamento. O reformador Martinho Lutero também os traduziu e incluiu em sua Bíblia, ressalvando, porém, que eram apócrifos. Mais tarde, as casas publicadoras de cunho protestante, por uma convenção tácita, foram abolindo tais livros de suas edições.

50.3- Os apócrifos do Antigo Testamento reconhecidos são os seguintes:

50.3.1- O livro I Esdras (ou III Esdras na Septuaginta e na Vulgata). É atribuído a Esdras, mas parece que foi escrito muito tempo mais tarde, por volta do século II antes de Cristo. É uma obra pseudo-histórica a respeito da restauração e duvidosa em seus detalhes.

50.3.2- O livro II Esdras (ou IV Esdras). É um escrito de estilo apocalíptico. Traz relatos no estilo dos profetas e revelações Divinas que teriam sido feitas a Esdras. É tido como obra do século I da Era Cristã, uma vez que traz passagens aparentemente tiradas de Mateus (23:34-39) e Lucas (11:49).

50.3.3- Tobias. Obra do século II a.C.. É a aventura de um jovem em luta contra o demônio Asmodeu. O livro exalta as virtudes e as boas obras.

50.3.4- Judite. Uma estória cheia de inexatidões a respeito de uma judia patriota da época de Nabucodonosor. Escrita aparentemente no século II antes de Cristo. É dos mais discutidos entre os apócrifos e mereceu dúvidas de Tomás de Aquino.

50.3.5- Adições a Ester. É uma composição grega. Foi feita com o propósito flagrante de suprir o livro de Ester com os elementos de religiosidade que faltam naquele livro, como se sabe. É do século I antes de Cristo, possivelmente.

50.3.6- Sabedoria de Salomão. Uma coleção de cinco discursos que os críticos datam do século I antes de Cristo ou mais tarde. Também considerado literatura cristã. Manifesta a influência da literatura grega no pensamento judaico.

50.3.7- Eclesiástico ou Sabedoria de Jesus, filho de Sirach. Não deve ser confundido com o Eclesiastes do cânon hebraico. É uma obra típica da literatura judaica da sabedoria. Sua origem é datada do século II a.C., tendo sido traduzido para o grego em 150 a.C..

50.3.8- Baruque. Escrito no século I a.C. mas recebeu acréscimo no século I da Era Cristã. Assemelha o estilo profético e trata das obras de Baruque, o escriba de Jeremias. Relatam eventos que teriam ocorrido na Babilônia após a destruição de Jerusalém,. Traz uma epístola atribuída a Jeremias para advertir contra os ídolos babilônicos.

50.3.9- O Cântico dos Três Santos Varões. Um poema que os três amigos de Daniel teriam cantado quando foram lançados na fornalha.

50.3.10- A História de Suzana. História de uma jovem que teria sido defendida por Daniel.

50.3.11- Bel e o Dragão. A história das fraudes dos sacerdotes de Bel, expostas por Daniel ao rei.

50.3.12- A Oração de Manassés. Possivelmente do século II a.C..

50.3.13- I Macabeus. Esta obra é a principal fonte de informações a respeito da guerra judaica pela independência, cobrindo o período de 175 a 135 a.C.. Começa com um esboço das conquistas de Alexandre e comenta a opressão que Antíoco Epifânio fez aos judeus e suas tentativas de destruir esse povo e eliminar sua religião. Depois fala da revolta nacional que foi liderada pela família dos Macabeus, relatando o papel que teve Matatias, Simão e João Hircanos. Foi escrito, aparentemente, por um piedoso saduceu, talvez entre 137 e 105 antes de Cristo.

50.3.14- II Macabeus. Uma história que abrange com detalhes o período de dezesseis anos, entre 176 e 161 a.C.. Na verdade, é um conjunto de cinco livros escritos por Jasão, de Cirene. Sua data é conjecturada por um crítico: 75 a.C..

 

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